top of page
Captura de Tela 2023-11-23 às 17.45.39.png
Captura de Tela 2023-11-23 às 17.46.39.png

Performance " Encontro Presencial", Exposição - Quando deixou de ser / LURIXS 2023, RJ
 

Performance "Encontro Presencial"  / LURIXS 2023
 

Geometricamente regular, a princípio sólido. Um tanto de solidez associada à uma percepção de solitude, ou seria solidão?

Resolvemos atravessar a matéria para encontrar o olhar ali presente e atento. Criar e manter relações em meio a um mundo extremamente digitalizado, apressado, tornou-se  muito mais difícil.  É necessária calma, presença, atenção ao fogo, à cera quente, é preciso estar ali construindo essa conexão que se dá a partir do romper da camada que nos separa. São tantas camadas, afazeres, trabalhos, eventos. 

Como se o ar fosse sólido, como se essa distância fosse física, mas nem sempre ela é. Não olhamos mais pro vizinho, o celular nos captura no almoço, no banheiro, na caminhada…o olhar para o entorno e consequentemente para o outro se perdeu. O olho no olho virou tela na tela, e ao mesmo tempo que a tela proporcionou um encurtamento da distância física, ela também criou um vazio enorme e uma dissolução do encontro presencial, do toque…

Existe aqui uma fronteira que materializa o espaço entre os olhares. Algo com muita matéria física que evidencia esse distanciamento de forma literal e concreta. Escolhemos ativamente, a partir da força do fogo, romper essa fronteira e transformá-la através da mudança de estados da matéria. Aos poucos vamos perfurando-a e revelando seu recheio, são muitas camadas até o encontro.

IMG_3261_2.jpg
Captura de Tela 2023-11-23 às 18.51.41.png
eed91615-12a1-4926-89c6-efbeee9cb1a4.JPG
_87A5338.jpg
IMG_4131.JPG
IMG-3304.JPG

QUANDO DEIXOU DE SER  / LURIXS 2023
curadoria: Daniela Mattos

 

"A exposição reúne, nos vinte e cinco trabalhos, a produção artística recente das Irmãs Gelli. As obras, moldadas em cera e outros materiais orgânicos, se materializam na presente mostra como objetos de parede, esculturas ou mesmo em outras linguagens artísticas como o vídeo e a performance.

Os trabalhos apresentados articulam-se com elementos da arte concreta e neoconcreta brasileira e seus desdobramentos posteriores, seja pelas questões formais, conceituais, ou mesmo na importância da medida relacional entre obra e espectadores, conjugando aspectos constitutivos da arte contemporânea de modo ímpar. A geometria sensível desenvolvida pelas artistas está presente em cada peça desta mostra, sendo resultante de um processo profundamente dialógico que combina repetições e desvios ao longo do percurso de criação." 

Daniela Mattos

Vista 6.jpg
Captura de Tela 2023-11-23 às 18.57.17.png
Captura de Tela 2023-11-23 às 18.57.32.png
fragmentoazulebrancomacro.jpg
Captura de Tela 2023-09-20 às 15.11.37.png

Que canto há de cantar o indefinível?

Que canto há de cantar o indefinível? O toque sem tocar,
o olhar sem ver A alma, amor, entrelaçada dos indescritíveis. 
(Hilda Hilst, Do Desejo, 2001)

Entre. Pegue um dos pequenos cubos empilhados – azul ou branco, à sua escolha. Antes, ou mesmo depois de percorrer a exposição, leia esse texto com o cubo em suas mãos. Perceba lenta e calmamente sua forma, matéria, textura, temperatura, tamanho. Deixe que esta espécie de prova do real seja sua companhia na experiência da visita.

A exposição Quando deixou de ser reúne obras recentes das Irmãs Gelli e trata, entre tantos outros conceitos, de um conjugar de dualidades. Há, neste movimento, algo que excede o que seria um contraste, ou seja, não percebemos nas obras elementos que possam ser apontados como ambivalentes ou excludentes entre si.

Diferente disso, notam-se coexistências e passagens que acontecem desde o processo de realização das peças, na matéria que é trabalhada entre os estados sólido e líquido, até a obtenção de uma geometria particular criada pelas artistas. Os trabalhos aqui exibidos, são moldados com estruturas e ferramental de criação cuidadosamente desenvolvido pelas autoras, numa plural manufatura, onde ambas compõem conceitual, formal, cromática e espacialmente cada etapa, combinando repetições e desvios ao longo do percurso.

A prática das artistas busca sucessivamente sublinhar, seja no incansável processo de realização das peças, seja no que se apresenta como obra final, a importância da presença, do que está diante de nós, do que vemos como matéria transformada e manejada no fazer (em duo, em diálogo). Deste modo, é especialmente pela presença conjugada, a nossa e a das obras, que algo importante acontece: é aí onde o que as artistas nos apresentam pode efetivamente ser corporalizado por nós. Portanto, o espaço do encontro conosco é um local intransponível para os trabalhos das Irmãs Gelli, nos permitindo questionar e, de certo modo, desfazer algo da crescente tendência global à virtualidade das relações, tanto no âmbito da arte quanto no da vida.

Caetano Veloso, na canção if you hold a stone (se você segura a pedra, em tradução livre), nos diz: se você segura a pedra, segure em sua mão, se você sentir o peso, você logo irá entender – numa aparente alusão à “prova do real”, pequena pedra que Lygia Clark dava aos participantes dos settings que realizava com seus objetos relacionais. Deixe que este cubo seja a sua pedra, olhe para o que está aqui apresentado e busque atravessar tal experiência considerando que, em todos os trabalhos, temos camadas invisíveis aos olhos, mas perceptíveis nas sensações. Cada etapa que deixou de ser nestas obras também nos dá a ver o que aqui está, mesmo que por uma indefinível e ressonante ausência.

A estrofe do poema de Hilda Hilst, acima em epígrafe, inspiração para o título deste texto curatorial, ensina: cantar o indefinível, tocar com os olhos, entrelaçar os indescritíveis. Possível partitura, caros leitores-espectadores, para nosso mergulho na dialética visual e sensível que as Irmãs Gelli apresentam aqui.

Captura de Tela 2023-11-23 às 19.06.20.png
Captura de Tela 2023-11-23 às 19.05.39.png
Captura de Tela 2023-11-23 às 19.06.00.png
Captura de Tela 2023-11-23 às 19.34.39.png
Captura de Tela 2023-11-23 às 20.23.31.png
Captura de Tela 2023-11-23 às 20.35.32.png
Captura de Tela 2023-11-23 às 20.37.58.png
Captura de Tela 2023-11-23 às 19.36.46.png

Solicite catálogo aqui:


Performance: O QUE NOS UNE
2020 /
Durante a pandemia

Captura de Tela 2021-06-23 às 22.03.11.png

RUPTURA / Performance 2020

A perfomance consiste na materialização da distância necessária pela pandemia.
"Nesse momento, estar longe é sinal de afeto, de resistência, de luta. As artistas começam a performance unidas e vão pouco a pouco se afastando até o rompimento do tecido."

Captura de Tela 2021-06-23 às 22.05.21.png
Captura de Tela 2021-06-23 às 22.03.54.png
paredeepessoa_edit_superwide.jpg
dipticorosaevermelho.jpg

ENTRE-AR / Série 2021

As obras contém respiros que são essenciais para a construção de espaços entre nós.
A forma com as tramas são construídas remetem a uma inspiração profunda, onde tudo se expande e o ar fica contido ali.

Parece simples e básico, mas as vezes o óbvio precisa ser "dito". Inspire novamente e dessa vez retenha o ar para que assim como as tramas o seu corpo se preencha lentamente.
Lembre que nada é mais importante e essencial do que respirar.

IMG_3722.JPG
IMG_3727.JPG
IMG_2245.JPG
IMG_8613_edit.jpg
IMG_7562 (1).jpg
IMG_5066.JPG
IMG_2263.jpg

NAS ENTRELINHAS NOS ENCONTRAMOS / 2023

As obras contém respiros que são essenciais para a construção de espaços entre nós.
A forma com as tramas são construídas remetem a uma inspiração profunda, onde tudo se expande e o ar fica contido ali.

Parece simples e básico, mas as vezes o óbvio precisa ser "dito". Inspire novamente e dessa vez retenha o ar para que assim como as tramas o seu corpo se preencha lentamente.
Lembre que nada é mais importante e essencial do que respirar.

IMG_6210.jpg
IMG_6194.1.jpg
IMG_9938 (1).JPG

SÉRIE: NÃO TENHA PRESSA / LEITURA DO INFINITO 

Não tenha pressa. A continuidade da obra cria uma sensação de ciclo, de infinito, de calma.

O papel é todo costurado a mão e cada parte da obra é uma escultura flutuante.

IMG_4187_edit.jpg
IMG-8081.JPG
IMG_4136.JPG
IMG_4139.JPG
diptico_verde63x48_detalhe.png
diptico_verde63x48_semfundo.png

X,Y,Z / 2023

Neste trabalho as coordenadas criam uma trajetória que tem como intenção o encontro dos caminhos tramados na grid. A iminência do encontro se faz presente na obra onde pontos imaginários são materializados através de linhas transversais e longitudinais.

O questionamento diante de um mundo preenchido de certezas segue com a intenção de recalcular rotas imprecisas. Afinal, onde queremos chegar?

IMG_2427_edit.jpg
IMG_2424._editJPG.jpg
IMG_2429_edit.jpg

SINÉDOQUE/ 2021 
Trama sobre tecido e moldura de madeira

oasis_edit.jpg
Alice_Gabi_Gelli_OASIS-0007.jpg
Alice_Gabi_Gelli_OASIS-0008.jpg

VAI DAR TEMPO? / 2021 
 

Instalação feita durante a residência artística no espaço OASIS, no centro do Rio de Janeiro. Curadoria da italiana, Manuela Parrino.
A obra é uma quina coberta de contas trituradas e as pessoas são convidadas a se jogar no colchão e ler a continuação da frase que ficava presa no teto do espaço expositivo. "No final falta só o que importa" .

A instalação se debruça sobre o questionamento dos excessos capitalistas de crescimento e produtividade.

 

A frase completa exposta ao redor da instalação:
"Quanto vale o seu tempo? Por que temos 
tanta pressa? O que buscamos com essa correria? Quanto tempo perdemos valorizando coisas que se perdem no vazio? E se as contas não existissem? O que você faria? Qual o valor do que te consome? Qual o peso das suas estruturas? Onde queremos chegar? Será que vai dar tempo? No final, falta só o que importa."

Conheça mais o trabalho de:

bottom of page